Há algum tempo, reflito sobre o comportamento das pessoas em baladas.
Há pouco mais de 11 anos fui à minha primeira balada gay e, não sei se por inocência ou por ser totalmente aéreo, não percebia como as pessoas se drogavam/drogam como atualmente.
No final de semana que antecedeu o reveillon, estive numa pool party aqui na The Club e re-encontrei um amigo, que conheci na balada em 1999. Conversamos por alguns minutos, enquanto dávamos aquela respirada, e num dado momento disse a ele:
"- Junior, como os tempos mudam, né? Há quase 10 anos, quando nos conhecemos, as pessoas iam pra balada pra 'paquerar', era comum as pessoas ficarem, fazerem amizade; como é o nosso caso, né?"
Eis que ele me corta bruscamente e emenda na frase:
"- E hoje, Petulante, o povo vem pra se drogar. Observe ao nosso redor, veja o semblante das pessoas, veja as filas intermináveis e demorada nos banheiros..."
Tá certo que a oferta é muita, mas pra que tanto exagero?
Vejo os 'grupos' se separarem de acordo com a 'colocação' escolhida e mesmo quando se conhece pessoas nos chats/disponivel/manhunt da vida, uma pergunta que sempre me fazem é: "Se 'coloca'? De quê?"
Gente, aonde esse mundo vai parar?
Nós, gays, já nos discriminamos e nos separamos em tantos subgrupos e agora mais um?
Cada vez mais, vejo que não há razões pra militar nem abraçar causas uma vez que as pessoas se importam mais com baladas e 'colocação' do que pensar num coletivo. Domingo mesmo, o ato que houve em Carapicuíba (contra os crimes que ocorreram no Parque do Paturis desde julho de 2007 até outubro de 2008), que visava alertar a população da morte de 13 gays pelo chamado 'Maníaco do Arco-íris' reuniu menos pessoas que o número de vítimas assassinadas no parque. Enquanto isso, a pool party da The Week acontecia debaixo de chuva forte e estava lotada.
Enquanto a balada e a colocação forem mais importantes que certas manifestações, continuaremos vivendo à sombra da sociedade, sendo discriminados e sofrendo toda a repressão e violência que sofremos.
É triste demais, já passou da hora de mudarmos de postura e atitude.
Há pouco mais de 11 anos fui à minha primeira balada gay e, não sei se por inocência ou por ser totalmente aéreo, não percebia como as pessoas se drogavam/drogam como atualmente.
No final de semana que antecedeu o reveillon, estive numa pool party aqui na The Club e re-encontrei um amigo, que conheci na balada em 1999. Conversamos por alguns minutos, enquanto dávamos aquela respirada, e num dado momento disse a ele:
"- Junior, como os tempos mudam, né? Há quase 10 anos, quando nos conhecemos, as pessoas iam pra balada pra 'paquerar', era comum as pessoas ficarem, fazerem amizade; como é o nosso caso, né?"
Eis que ele me corta bruscamente e emenda na frase:
"- E hoje, Petulante, o povo vem pra se drogar. Observe ao nosso redor, veja o semblante das pessoas, veja as filas intermináveis e demorada nos banheiros..."
Tá certo que a oferta é muita, mas pra que tanto exagero?
Vejo os 'grupos' se separarem de acordo com a 'colocação' escolhida e mesmo quando se conhece pessoas nos chats/disponivel/manhunt da vida, uma pergunta que sempre me fazem é: "Se 'coloca'? De quê?"
Gente, aonde esse mundo vai parar?
Nós, gays, já nos discriminamos e nos separamos em tantos subgrupos e agora mais um?
Cada vez mais, vejo que não há razões pra militar nem abraçar causas uma vez que as pessoas se importam mais com baladas e 'colocação' do que pensar num coletivo. Domingo mesmo, o ato que houve em Carapicuíba (contra os crimes que ocorreram no Parque do Paturis desde julho de 2007 até outubro de 2008), que visava alertar a população da morte de 13 gays pelo chamado 'Maníaco do Arco-íris' reuniu menos pessoas que o número de vítimas assassinadas no parque. Enquanto isso, a pool party da The Week acontecia debaixo de chuva forte e estava lotada.
Enquanto a balada e a colocação forem mais importantes que certas manifestações, continuaremos vivendo à sombra da sociedade, sendo discriminados e sofrendo toda a repressão e violência que sofremos.
É triste demais, já passou da hora de mudarmos de postura e atitude.
3 comentários:
pois é. por isso nao frequento mais a TW. Ok, mas vou à loca e isso é meio contraditório... heheh
bj
concordo com vc. As baladas pra mim hoje nao significam mais nada do que: vim aqui pra fuder e fazer cara de importante. Assuntos mais importantes ficam sempre pra segundo plano. Gostei do teu texto, nuu e cru. continuarei lendo teu blog, gostei muito do que vi por aqui.
[e uma pena que as pessoas estejam tao vazias hoje ehn?
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